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Sabe porque é que deve investir nos EUA, a maior economia do Mundo?

Realizou-se na passada terça-feira, dia 12, pelas 10h00, na Fundação AIP, o Seminário Como Fazer Negócios: EUA. Desafios e oportunidades, organizado pela Fundação AIP, com a colaboração da Câmara de Comércio Americana em Portugal (AMCHAM), o patrocínio da Euroatla e o apoio das Águas Fonte Viva, Capital Europeia do Vinho 2018 – Torres Vedras e Alenquer e Quina Vinhos.

Com a presença de 60 empresas portuguesas com interesse no mercado americano, Graça Dider, Secretária Geral da Câmara de Comércio Americana, acentuou a pertinência desta acção tendo em conta a visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do Primeiro-Ministro, António Costa, aos EUA, visita essa que contou com uma grande recepção por parte da comunidade luso-americana.

Esse é, aliás, um dos factores mais importantes do fomento da relação entre Portugal e EUA: as pessoas. Actualmente, existe cerca de um milhão e meio de portugueses e luso-descendentes nos EUA, uma relação que, na opinião de Graça Didier, não é aproveitada no seu total potencial: “Existem dois tipos de portugueses nos EUA”, explica, “os portugueses que já emigraram há mais tempo, a maioria das ilhas, mas também os novos emigrantes, mais qualificados, muitos deles que trabalham em Sillicon Valley, por exemplo”, ou seja, bons veículos para se perceber como funciona o mercado americano.

➡ EUA são o 5º país de destino das nossas exportações

As ligações económicas entre Portugal e os EUA têm um potencial de crescimento enorme: os EUA são o 5º país de destino das nossas exportações fora da comunidade europeia. Contudo, o valor dessas exportações é muito reduzido, o que até são boas notícias, de acordo com a Secretária Geral da Câmara de Comércio Americana: “significa que há ainda muita oportunidade de volume de exportação.”

O problema prende-se essencialmente com o pouco conhecimento que os americanos têm de Portugal, factor que pode constituir um entrave à exportação. Esta situação tem vindo a esbater-se nos últimos tempos, fruto do reconhecimento cada vez maior não só de figuras ilustres portuguesas, como António Guterres e Cristiano Ronaldo, como também de eventos internacionais de renome, como a Web Summit, e o papel do turismo no nosso país, distinguido com vários títulos a nível mundial. A realidade, realça Graça Didier, é que “depois de visitarem Portugal, os americanos levam consigo uma imagem de excelência do país”.

Assim, porque devem as empresas portuguesas investir nos EUA?

Primeiro, importa realçar que não existe um único mercado dos EUA! Ter este conhecimento intrínseco é muito importante na altura de delinear a estratégia de negócio para se entrar no país. Existem 50 mercados nos EUA. Porquê? Os EUA são um país muito heterogéneo, com culturas, religiões, ideologias e etnias diferentes em todos os estados. Ou seja, todos os 50 estados têm um público diferente. “Não podemos esperar vender botas de cowboy em Nova Iorque como vendemos, por exemplo, no Texas”, explica Graça Didier. Portanto, antes de se pensar em exportar um produto ou serviço para os EUA tem de se pensar para onde se quer exportar.

Outro facto muito importante sobre o mercado dos EUA: a concorrência! O mercado dos EUA, seja em que estado for, é altamente concorrencial, não só interna como também externamente. Assim, as empresas portuguesas interessadas em expandir-se para os EUA têm de ter uma estratégia diferenciador. “Nos EUA não se consegue combater pelo preço, isso não os conquista. Pela inovação, pela qualidade, pelo espírito empreendedor, isso sim!”, refere Graça.

Ana Gonçalves, Directora de Negócios da Euroatla, enumerou os produtos portugueses que mais são exportados para os EUA: produtos minerais e produtos químicos. Referiu igualmente o aumento da exportação de Wood Products como a cortiça (representam 6,3% do volume de exportações), assim como vinhos e papel de impressão.

Sobre o transporte dos produtos, particularmente em solo americano, Ana Gonçalves refere um assunto que está na ordem do dia: a crise dos camionistas nos EUA. “Mais de 70% das mercadorias são transportadas por via rodoviária. Como os camionistas têm de fazer grandes distâncias e passar muitos dias fora de casa, tem existido um aumento das exigências, um aumento da procura e também um aumento dos preços para este serviço”.

Presente neste seminário esteve também José Sanches, da empresa portuguesa Raimundo & Maia, que actualmente exporta para os EUA. “O mercado dos EUA é moroso de se entrar”, confidenciou, corroborando o que a Secretária Geral da Câmara de Comércio Americana, Graça Didier, já havia afirmado sobre o mercado, “ou se tem um produto diferenciador ou uma marca de cliente.” Neste caso específico, a Raimundo e Maia exporta leguminosas enlatadas com um factor diferenciador no mercado dos EUA (que já é corriqueiro em Portugal): as leguminosas estão em frascos de vidro, o que permite ao consumidor ver o que vai comprar. “Estamos presentes em ambas as costas mas a Costa Oeste é mais importante por causa da comunidade latina predominante, que consomem muito o nosso produto.”

“Se for bem trabalhado, [os EUA] é um mercado muito interessante pela sua competitividade”
José Sanches, Raimundo & Maia

A exportação de produtos alimentares de Portugal para os EUA tem crescido exponencialmente desde o último ano. Os vinhos, sobretudo, têm sido objecto de interesse por parte dos americanos, que consomem cada vez mais esta bebida.

➡ As vantagens e desvantagens de apostar no mercado americano

Os EUA são um mercado seguro, aberto, liberal, com fortes incentivos ao empreendedor, competitivo, que promove a inovação e a qualidade. É um mercado difícil, mas que, ao ser uma aposta bem-sucedida, é altamente recompensador.

Como todos os mercados, também tem as suas desvantagens. O facto de ser muito competitivo pode ser uma delas e os retornos do investimento não são imediatos, podendo passar-se muitos anos até se alcançar resultados satisfatórios. A sociedade americana é também muito litigante: qualquer coisa é motivo de processo judicial e a justiça nos EUA é muito cara, o que pode prejudicar seriamente uma empresa em processo de expansão. Existe também o Buy American Act, que se prende com uma questão cultural, presente no patriotismo tão conhecido dos americanos, que os leva a comprar sobretudo aquilo que é produzido no seu país.

“A Brisa está nos EUA há 10 anos. Só em 2016 tiveram um grande contrato. Estiveram lá uma década a estabelecer contactos”
Graça Didier, Secretária Geral da Câmara de Comércio Americana em Portugal

A conclusão que se retirou desta acção foi a de que o mercado americano é muito difícil, mas que compensa. Começar a exportar para os EUA é um salto qualitativo e quantitativo muito grande para qualquer empresa. Isto porque os valores de negócio normalmente são muito elevados e posteriormente porque anunciar que se tem negócios nos EUA é uma porta de entrada quase garantida para outros mercados.

No final houve espaço para um convívio, em que os participantes no Workshop fizeram networking e partilharam ideias, ao mesmo tempo que degustaram vinhos da Capital Europeia do Vinho – Torres Vedras e Alenquer e da Quina Vinhos.

Disponibilizamos aqui as apresentações em formato PDF da Câmara de Comércio Americana em Portugal e da Euroatla.

Próximas Acções

29 de Junho – 10h00 – Fundação AIP

Business Fórum Namíbia, com a presença de 36 empresas e entidades do país disponíveis para contactos bilaterais, dos mais diferentes sectores: indústria manufactureira, agricultura, logística e transportes, turismo, tecnologias e informação, energia, gestão de resíduos e construção.

Inscrições em breve.

Sabe porque é que deve investir nos EUA, a maior economia do Mundo?2018-06-15T16:21:14+00:00

De 22 a 25 de Agosto, a Tektónica estará com empresas portuguesas na EXPOCAMACOL da Colômbia

Inscrições abertas!

A Fundação AIP volta a marcar presença com a organização da Tektónica/Pavilhão de Portugal na EXPOCAMACOL na Colômbia, de 22 a 25 de Agosto.

Esta é 23ª edição da EXPOCAMACOL – Feira Internacional da Construção, Arquitetura e Design, que se realiza bienalmente na cidade de Medellín, na Plaza Mayor de Convenciones y Exposiciones. Na última edição, esta feira contou com cerca de 450 expositores diretos, 24.000 m2 e quase 60.000 visitantes, entre os quais o Pavilhão de Portugal com cerca de 10 empresas portuguesas presentes.

Porquê procurar investimento no mercado da Colômbia?

A Colômbia prepara-se para ser a segunda maior economia do continente sul americano, saltando do sexto para o terceiro lugar ao nível do PIB.

Os incentivos do Estado fizeram com que a construção se tornasse no setor mais dinâmico da economia.

A Colômbia tem 48 milhões de habitantes, sendo que 55% da população jovem tem menos de 30 anos. É um dos países da actualidade com maior taxa de crescimento e com um significativo aumento de consumo e poder de compra.

Nos últimos anos, tem-se verificado no país um aumento considerável na segurança pública, torna-o um país seguro no que toca ao investimento.

Participe na EXPOCAMACOL, a Feira Internacional da Construção, Arquitectura e Design e marque a sua presença no Pavilhão de Portugal – Tektónica. Para se inscrever preencha o Excel que está neste link e envie para teresa.gouveia@ccl.fil.pt.

Esta acção insere-se no Projecto Conjunto PT2020 nº26537, pelo que as PME consideradas elegíveis serão reembolsadas aquando do encerramento do projecto em cerca de 50% dos custos elegíveis desta iniciativa.

As PME da região de Lisboa serão alvo de cofinanciamento em cerca de 40% dos custos elegíveis. Quanto às regiões autónomas (Açores e Madeira) não se encontram abrangidas por este programas.

 

De 22 a 25 de Agosto, a Tektónica estará com empresas portuguesas na EXPOCAMACOL da Colômbia2018-06-15T15:59:28+00:00

Fórum de Investimento Paraguai + 2018 – Lisboa

 

Realiza-se no dia 14 de junho, quinta-feira, às 10h00, na Fundação AIP, a apresentação do Paraguai como destino de investimentos, no FÓRUM DE INVESTIMENTOS PARAGUAI + 2018, com a participação de oradores do sector público e privado.

Nesta oportunidade serão apresentadas as vantagens competitivas do país e a política económica a seguir pelo novo governo. (more…)

Fórum de Investimento Paraguai + 2018 – Lisboa2018-06-12T12:59:56+00:00

Academia da Exportação – o apoio às empresas portuguesas no processo de exportação

No âmbito do novo projecto de apoio à internacionalização das empresas portuguesas, continuam a realizar-se, na Fundação AIP, acções de formação personalizadas que visam elucidar sobre os processos de verificação de conformidade aquando da exportação do produto para diferentes mercados fora da União Europeia.

Após a primeira Academia de Exportação sobre Certificação de Luminárias para os Estados Unidos da América, Canadá e Brasil, realizou-se hoje, a Academia de Exportação sobre o processo de exportação para a Arábia Saudita e para os seguintes Países do Golfo (Kuwait, Bahrain, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Omã e Iémen), com a formação de Anabela Gonçalves e Liliana Louro da BIVAC Ibéria do Grupo Bureau Veritas.

Nesta sessão de formação participaram quatro empresas, de sectores distintos: Neutroplast, produção de embalagens plásticas para a indústria farmacêutica, Pirâmide Bonus, materiais de construção, Oli Sanitários, dedicada à indústria de equipamentos sanitários e a TCR, do sector alimentar.

Os motivos de participação destas empresas na acção de formação foram comuns: a necessidade de aprender um pouco mais sobre a exportação, especialmente para mercados cuja regulamentação é tão diferente da que vigora na União Europeia.

A acção é dirigida de forma personalizada às empresas presentes, tendo em conta a especificidade do sector e abordando os requisitos que são necessários para que o produto possa ser exportado.

Confira aqui o testemunho da Oli Sanitários sobre a participação da empresa na Academia de Exportação:

Próximas Acções – Inscreva-se aqui!

Outubro (dia a definir)

Requisitos para a exportação de têxteis e calçado para a China

  • Anabela Gonçalves, Bureau Veritas Consumer Products
  • Responsável Técnico do Bureau Veritas China Produtos de Consumo (a ser nomeado)

A China é um mercado interessante para a indústria Portuguesa do Têxtil e Calçado, pelo acentuado crescimento de consumo que continua a registar. Os factores críticos de sucesso para este mercado incluem um conhecimento aprofundado sobre a rede local de distribuição, os hábitos dos consumidores e os requisitos regulamentares aplicáveis, aos quais poderão ser muito distintos dos requisitos Europeus. As normas Chinesas aplicam-se aos produtos produzidos e importados para a China e são alvo de frequente controlo pelas entidades Governamentais.

Academia da Exportação – o apoio às empresas portuguesas no processo de exportação2018-06-07T16:06:22+00:00

Como fazer negócios nos Estados Unidos da América

Fundação AIP promove a internacionalização das empresas portuguesas para o mercado americano

A Fundação AIP organiza no dia 12 de Junho, com início às 10h00, na Fundação AIP – Junqueira, o Workshop Como Fazer Negócios no EUA: desafios e oportunidades, com a colaboração da Câmara de Comércio Americana, o patrocínio da Euroatla e o apoio das Águas Fonte Viva, Torres Vedras e Alenquer – Capital Europeia do Vinho e Quina Vinhos.

O objectivo é dar a conhecer, através de testemunhos reais de oradores com experiência e conhecimento do mercado dos EUA como o mesmo funciona, a sua economia e as oportunidades de negócio existentes. Permitirá igualmente o know-how do mercado, com a presença de empresas portuguesas já presentes neste país, bem como será o espaço ideal para que as empresas aumentem a sua lista de contactos e desenvolvam uma rede de networking.

Esta sessão contará com as intervenções de Graça Didier, Secretária Geral da Câmara de Comércio Americana em Portugal, que abordará as oportunidades, condicionantes e particularidades de se investir no mercado americano e também de Ana Gonçalves, Business Director da Euroatla, que se dedicará à componente técnica do processo de exportação: a logística de recolha e o “last mile”.

No final da sessão haverá espaço para as empresas presentes desenvolverem novos contactos, durante a degustação de vinhos.

As inscrições estão abertas até dia 11 de Junho. Inscreva-se em:

 

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Apoios:

Como fazer negócios nos Estados Unidos da América2018-06-04T16:12:28+00:00

“A 20ª edição da Tektónica simbolizou o crescimento, a inovação e a ambição para os nossos projectos de construção”

Pelo Presidente da Fundação AIP,  Jorge Rocha de Matos:

 

 

A Fundação AIP organizou, este ano, a 20ª edição da Tektónica – Feira Internacional de Construção e Obras Públicas, num momento de confiança no sector, que nos permite pensar num futuro mais promissor, mais exigente no nosso trabalho, mas também mais receptivo ao desenvolvimento de novos conceitos de negócios, de novos materiais, de novos formatos de encontros empresariais e de novos mercados externos.

A 20ª edição da Tektónica simbolizou o crescimento, a inovação e a ambição para os nossos projectos de construção, quer em Portugal, quer no mercado externo, só possível pela grande união que existiu entre as empresas, as associações, as entidades sócio-profissionais, a Administração pública e o Governo, que em conjunto mostraram uma forte resiliência durante a crise económica.

Esta edição foi marcada pelo crescimento e pela inovação. Cresceu 20% em relação à edição de 2017, o que mostra a confiança que as empresas e os nossos parceiros depositam no nosso evento, apresentando um vasto programa de conferências, programas B2B, Hosted Buyers e, inclusive, uma aplicação para que todos os visitantes, de uma forma fácil e rápida, tivessem informação sobre as empresas expositoras e o respectivo sector.

Durante os quatro dias do evento, 30.656 visitantes encheram os pavilhões da feira, mil dos quais vindos do estrangeiro, consolidando a Tektónica como uma feira que demonstra a qualidade dos produtos e projectos nacionais, e ajuda a consolidar o crescimento da actividade da construção no País, que segundo o INE registou um aumento do investimento na construção de 9,2%, em 2017.

A Tektónica é também uma plataforma das empresas portuguesas do sector para o Mundo. A Fundação AIP, através da Tektónica, dinamiza a internacionalização das empresas nacionais, e ainda este ano organizaremos o pavilhão de Portugal na Facim/Tektónica Moçambique, na Expocamacol, em Medellín, na Colômbia, e no SIB, em Casablanca, Marrocos. São, pois, oportunidades para fazer crescer os negócios das nossas empresas, nas quais a Fundação AIP está fortemente empenhada.

Quero dirigir, igualmente, uma palavra de agradecimento às empresas expositoras na Tektónica 2018 porque são elas a razão de ser deste evento, são elas que corporizam e dinamizam o tecido económico português e o crescimento da economia, são elas que criam riqueza, inovação e geram emprego, são elas que nos dão a oportunidade de mostrar tudo aquilo que de bom se faz no sector em Portugal.

Por último, permitam-me anunciar que a 21ª edição da Tektónica realizar-se-á de 8 a 11 de Maio do próximo ano, esperando-se um contínuo e próspero desenvolvimento deste sector.

 

“A 20ª edição da Tektónica simbolizou o crescimento, a inovação e a ambição para os nossos projectos de construção”2018-05-29T17:12:42+00:00

“O acordo feito entre a União Europeia e o Japão é o maior acordo da UE com um país terceiro”

O choque cultural é grande mas é necessário ultrapassá-lo”, disse Paulo Ramos, Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Japonesa (CCILJ), no âmbito do Workshop “Como Fazer Negócios no Japão”, organizado no dia 22 de Maio pela Fundação AIP, em colaboração com a CCILJ, patrocinado pela Euroatla e com o apoio das águas Fonte Viva e de Torres Vedras e Alenquer, capital Europeia do Vinho 2018.

Com a participação de 25 empresas portuguesas interessadas no mercado japonês, Paulo Ramos falou no acordo assinado entre o Japão e a UE, o maior realizado entre a UE e um país terceiro, algo que, na sua opinião “não tem sido suficientemente divulgado em Portugal.” O acordo entre o espaço europeu e o Japão é “bilateral e uma parceria económica. No espaço de 15 anos prevê-se a livre circulação de bens, serviços e pessoas entre a UE e o Japão.”

A Europa é o 2º maior mercado do Japão no Mundo
Paulo Ramos, Presidente da CCILJ

Sobre os produtos mais passíveis de serem exportados para o Japão, o Presidente da CCILJ enumerou sobretudo agro-alimentares, como os lacticínios, carnes e derivados de carnes e vinhos. O mercado japonês, explicou, é muito organizado e auto-regulado mas a vantagem é que o consumidor japonês reconhece a qualidade, “reconhece o produto agro-alimentar de valor acrescentado, o produto reconhecido e certificado e está sempre disposto a pagar mais por isso.” Também Ana Gonçalves, Directora de Negócio da Euroatla, reforçou esta oportunidade de exportação para o mercado japonês: “Existe um espaço muito grande para o alimentar, têxteis, calçado, etc.” Contudo, o tempo de transporte, devido à distância geográfica entre ambos os países, pode revelar-se alargado: Demora algum tempo para a mercadoria chegar ao Japão“, explicou a Diretora de Negócio da transitária e representante da COSCO Shipping em Portugal, podendo o transporte ser feito por via aérea ou marítima, esta última utilizada preferencialmente. Isto porque, segundo Ana Gonçalves, “os portos correspondem a 99% do comércio exterior do Japão“.

Este acordo é de extrema importância para o comércio entre os dois países, uma vez que as taxas alfandegárias serão reduzidas, podendo mesmo ser de 0% aquando da entrada em vigor do acordo, para o próximo ano.

Os portos correspondem a 99% do comércio exterior do Japão
Ana Gonçalves, Directora de Negócio da Euroatla

O Japão é uma sociedade marcada por valores fortes. O japonês irá fazer muitas perguntas e será dessa forma que tentará ganhar a confiança do seu interlocutor.
Ana Fernandes, Investigadora da FCSH-UNL

Mais do que barreiras geográficas entre Portugal e Japão, a componente cultural também é um choque, que pode ser encarado como uma dificuldade mas também como uma oportunidade: “Quando chegamos ao Japão, sermos ‘estrangeiros’ é uma enorme vantagem porque os japoneses sabem que nos esforçaremos por nos encaixar na cultura deles”, enalteceu Ana Fernandes, Investigadora CHAM da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa,  rematando com o factor chave da identidade portuguesa: “O ser-se português pode ser um elemento diferenciador, isto porque os japoneses aprendem na escola que os portugueses foram os primeiros a chegar ao Japão”, havendo por isso uma elevada consideração.

Ao procurar investir no Japão, a empresa deve sempre ter em consideração como agir e não agir tendo em conta a matriz cultural e social do Japão. “Negociar no Japão é apenas diferente”, refere a investigadora, aconselhando os presentes a terem atenção a certos aspectos como a maneira de falar e gesticular, a forma como se dirige a um interlocutor japonês e as questões de respeito e confiança que o povo japonês preserva muito, fruto da sua história: “Não se deve gesticular nem interromper, os japoneses ficam muito baralhados com a gesticulação, assim como devemos pedir desculpa por tudo e por nada, é um sinal de respeito.”

No Japão os negócios fazem-se de forma indirecta e evasiva. Não se deve gesticular nem interromper. O japonês fica muito baralhado com a gesticulação. Deve-se também deixar existir momentos de silêncio.
Ana Fernandes, Investigadora da FCSH-UNL
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“O acordo feito entre a União Europeia e o Japão é o maior acordo da UE com um país terceiro”2018-05-28T09:58:48+00:00

Na exportação, conhecer o melhor caminho faz a diferença | Academia da Exportação

São muitas as empresas portuguesas que vêem o mercado internacional como uma oportunidade de crescer e expandir os seus negócios.

Mas uma decisão que envolva exportar os produtos ou serviços de uma empresa não pode ser tomada de ânimo leve. Por isso mesmo, é necessário que as empresas estejam devidamente preparadas antes de iniciar este caminho; não só pelos níveis de investimento envolvidos, mas também pelos riscos em que podem incorrer.

  • 29 Maio – 10h00
    Certificação de Luminárias e Produtos Eléctrico e Electrónicos para os Estados Unidos, Canadá e Brasil
  • 7 Junho – 10h00
    Exportação para Arábia Saudita e Países do Golfo – G Mark
  • 7 Junho – 15h00
    Exportação para Costa do Marfim, Gana, Líbia e Nigéria – Novos (Regras nos) Programas de Verificação da Conformidade
  • Outubro (dia a indicar)
    Requisitos para a exportação de têxteis e calçado para a China

 

Na exportação, conhecer o melhor caminho faz a diferença | Academia da Exportação2018-05-24T14:24:20+00:00

Fundação AIP destaca a responsabilidade social associada ao Portugal Economia Social

O Portugal Economia Social “é revelador da importância que a Fundação AIP dá à responsabilidade social enquanto cidadãos e organização“.

O Presidente da Fundação AIP, Jorge Rocha de Matos, destacou a importância da terceira edição do Portugal Economia Social para o sector, na sessão de abertura do evento, onde esteve presente a Ministra da Presidência e Modernização Administrativa, Maria Manuel Marques e o Presidente do Montepio Geral – Associação Mutualista e do Grupo Montepio, António Tomás Correia.

O Portugal Economia Social é um evento único no país que reúne os players do sector da economia social, complementando a mostra de produtos e soluções técnicas com universidades, municípios, empresas e também um conjunto de conferências com temáticas de valor acrescentado para os intervenientes do sector. O Presidente da Fundação AIP destaca o programa de Conferências como sendo “um dos momentos altos do evento“, este ano abordando temas dedicados ao Financiamento e Inovação Social, Títulos de Impacto Social e os Benefícios Fiscais para Investidores Sociais, Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, Programas de Capacitação Financiados, Comunicação Acessível e o “Social Innovation Shaker Award” que premeia os melhores negócios sociais.

O desafio de que se estude a possibilidade de criação de um Fundo Público de financiamento da Economia Social e dos seus projectos, através da consignação das verbas provenientes do IRS dos Portugueses que não consignam, em sede de IRS, eles próprios, a instituição que querem apoiar.

Estas verbas, não consignadas directamente pelos portugueses, poderiam, depois dos pertinentes estudos necessários e em moldes a definir, ser importantes dinamizadores de importantes projectos da Economia Social.

A Fundação AIP tem no seu ADN e como missão a de ser “um despertador de consciências e um elemento catalisador de vontades e de mudanças estruturais sempre a favor do bem comum“, advindo desse sentido de responsabilidade social a vontade de inovar e realizar este tipo de eventos com mais novidades ano após ano, como a iniciativa “Viver a Diferença” nesta edição, onde os visitantes podem experienciar as limitações de pessoas com diversidade funcional em vários domínios como “Ver para Ouvir”, “Rodar para Andar”, “Sentir para Ver” ou “Ouvir para Ver”.

Assim sendo, o Portugal Economia Social tem o potencial para afirmar-se como o grande encontro nacional do sector e, nas palavras do Comendador Jorge Rocha de Matos “a Fundação AIP, bem como os seus parceiros, está fortemente empenhada em continuar a investir no sector da economia social, como um dos pilares da economia e também uma área importante capaz de corrigir assimetrias entre o litorial e o interior, fazendo de Portugal um país mais inclusivo e simultaneamente mais competitivo.”

Fundação AIP destaca a responsabilidade social associada ao Portugal Economia Social2018-05-24T10:33:26+00:00

Como fazer negócios no Japão

Fundação AIP continua a promover a internacionalização das empresas portuguesas

A Fundação AIP organiza no dia 22 de Maio, com início às 10h00, na Fundação AIP – Junqueira, o Workshop Como Fazer Negócios no Japão: desafios e oportunidades, com a colaboração da Câmara de Comércio Luso-Japonesa, o patrocínio da Euroatla e o apoio das Águas Fonte Viva.

O objectivo é dar a conhecer, através de oradores com experiência e conhecimento do mercado japonês, como o mesmo funciona, a sua economia e as oportunidades de negócio existentes. Permitirá igualmente o know-how do mercado, através de testemunhos reais sobre a experiência de empresas portuguesas já presentes neste país, bem como será o espaço ideal para que as empresas aumentem a sua lista de contactos e desenvolvam uma rede de networking.

Sendo a componente cultural do Japão muito diferente da nossa, conhecer os hábitos e costumes japoneses torna-se fundamental para quem deseja investir neste país insular da Ásia Oriental. Como tal, estará presente nesta sessão Ana Fernandes Pinto, Investigadora Integrada do Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que falará sobre Sociedade e Cultura no Negócio no Japão: Princípios e Guia prático.

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Como fazer negócios no Japão2018-05-21T08:08:50+00:00